JOSÉ VIDAL DE FREITAS
( Brasil - Piauí )
Desembargador José Vidal de Freitas nasceu em Oeiras (PI), a 15 de novembro de 1901. Filho de Sílvio Dias de Freitas e Ana Rosa da Costa Freitas. Bacharel pela Faculdade de Direito do Recife (PE). Professor, poeta, ensaísta, teólogo, filólogo, filósofo, musicista, botânico e magistrado. Começou a trabalhar aos 12 anos de idade, como aprendiz de tipógrafo, em Floriano (PI). Jornalista, fundou e orientou jornais, em que escrevia sobre variados assuntos. Professor de Português, Latim, Inglês e História. Fundador e diretor de educandários. Mestre do Ginásio Pernambucano, em Recife (PE). No Piauí, exercendo a advocacia, foi aprovado nos concursos para Promotor de Justiça e Juiz de Direito, assumindo apenas este último cargo, tendo exercido a magistratura nas comarcas de Corrente, Paulistana, Valença, Picos, Campo Maior e Teresina. Membro do Tribunal Regional Eleitoral – TRE – PI. Professor Catedrático da Faculdade de Direito do Piauí, por concurso. Doutor em Direito, escritor e poeta, com vários livros publicados. Integrante de Bancas examinadoras nas esferas do ensino médio e superior. Conferencista. Foi um dos elaboradores do projeto de Constituição (1968) e da Lei Orgânica da Magistratura do Piauí. Publicou vários estudos jurídicos em revistas especializadas. Falava fluentemente o francês, o inglês, o alemão, o italiano e o espanhol. Conhecia o latim, grego e hebraico. Sócio do Instituto Histórico e Geográfico e da Academia Piauiense de Letras. Publicou: “O Descanso Semanal” (exegese bíblica e jurídica), “Direito Sem Ação” (tese), “Contradição” (versos) e “Perfis Acadêmicos” (sonetos). Escreveu “Desembargadores de Ontem e Hoje” e “Jesus Cristo e o Sábado”. Foi Corregedor Geral da Justiça, de 01 de junho de 1969 a 30 de maio de 1971. Aposentou-se como Desembargador em 14 de novembro de 1971. Faleceu em Teresina a 19 de junho de 1987. Patrono do Fórum da Comarca de Francisco Santos.
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ANTOLOGIA DE SONETOS PIAUIENSES [por] Félix Aires. [Teresina: 1972.] 218 p. Impresso no Senado Federal Centro Gráfico, Brasília. Ex. bibl. Antonio Miranda
REJEITADO
Crucificado como um criminoso
Da mais ínfima espécie, um vil escravo,
Sofre Jesus, na intrepidez de um bravo,
As agruras do transe doloroso.
Em baixo, a turba freme de ódio e gozo,
Vendo o sangue a jorra de cada cravo,
E depois de provar do fel o travo,
Morre o meigo rabi, terno e bondoso.
Por que sofre assim, pungentemente,
O filho de Jeová, onipotente,
Sem brados de revolta de ninguém?
É que ao mundo aviltou tanto o pecado,
Que o próprio Cristo foi crucificado,
Porque na terra “andou fazendo o bem”.
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Página publicada em março de 2023
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